Aula de Apresentação de IPP I


A unidade curricular de Iniciação à Prática Profissional 1, está presente no 2.º semestre do Mestrado de Ensino de Geografia do Ensino básico e Secundário da Universidade de Lisboa. Esta visa proporcionar aos alunos um primeiro contacto com escolas, agrupamentos e professores orientadores. Para tal ser possível, a cada alunos foram atribuídas duas escolas (escolhidas pelo próprio quando possível), onde em cada uma delas terá de assistir a um mínimo de três aulas do orientador cooperante numa primeira fase e subsequentemente lecionar duas aulas de 90 minutos ou o equivalente.

Desta forma o início desta primeira sessão consistiu na confirmação, por parte do Professor Sérgio Claudino, das escolas onde cada um dos alunos ficou e o professor cooperante que nos irá orientar em cada uma delas, assim como a partilha dos contactos dos mesmos. De referir que nesta altura já contactei os professores orientadores cooperantes e vamos reunir durante esta semana.

A seguir o Professor Sérgio Claudino apresentou o programa desta unidade curricular, que abordará temas como "o Agrupamento Escolar e a Escola", "instrumentos de gestão e planificação", "oferta formativa, projetos e outras atividades" e "principais caraterísticas dos alunos", "A planificação da aula de Geografia", "as fases de desenvolvimento de uma aula", "o diálogo com os alunos", "A observação educativa, com particular incidência na sala de aula" e "a construção dos relatórios de observação". Os métodos de avaliação dos conhecimentos consistem na elaboração deste blogue reflexivo sobre as aprendizagens em realizadas em IPP1 (20%), o parecer dos professores cooperantes sobre a nossa prestação nas aulas (20%) e por fim um relatório de observação das práticas escolares (60%): 

Dito isto começamos então a abordar os conteúdos desta unidade curricular, onde o Professor começou por identificar a origem da disciplina de Geografia em Portugal. Esta remonta a 1904 quando foi institucionalizada no curso superior de letras. Isto apenas foi possível graças à reforma de 1901, focada no ensino/pedagogia e na geografia, que se preocupou com a formação de professores de Geografia do Ensino Básico e Secundário que anteriormente o eram sem uma unidade curricular de Geografia na sua formação. Ou seja, o Ensino da Geografia no Ensino Básico e Secundário antecedeu aquele dado na universidade em Portugal. Francisco Xavier da Silva Teles foi o primeiro Professor de Geografia no Curso superior de letras, que se haveria de transformar na Faculdade de Letras (1911). 

Seguidamente, o Professor Sérgio Claudino desafiou os alunos a pensar em quantas partes deve ter uma aula. Depois de algumas sugestões chegámos a um consenso, uma aula deve ter três partes: 

  • Introdução — breve recapitulação das aulas anteriores, levantamento dos conhecimentos prévios, correção do TPC, chamada, motivação para aula*.
  • Desenvolvimento — Consiste em todas as atividades realizadas para promover as aprendizagens dos alunos.
  • Conclusão — Síntese final da aula, sumário, T.P.C.

* A motivação para aula é de extrema importância para o bom funcionamento da mesma, esta pode acontecer em vários formatos. Um exemplo é uma notícia que levante questões ou torne mais real para os alunos o tema que será abordado na aula, ou uma pergunta inicial que pode ser escrita no quadro à qual os alunos têm de responder até ao final da aula.

Qual seria uma boa questão para colocar aos alunos no início de uma aula como motivação para a mesma?

  • Como se caracteriza a população portuguesa? ❌ (muito complexa)
  • Há mais idosos os jovens em Portugal? ✅

Por último o Professor Sérgio Claudino deu-nos algumas dicas sobre como lidar com alunos, para ser possível retirar dos mesmos os melhores resultados, ou seja, desenvolverem mais e melhor as áreas de competências. Segundo o Professor, uma forma de colocar todos os alunos a trabalhar é pedir que respondam às questões no caderno visto que caso contrário apenas os melhores alunos vão responder, esta parece-me uma solução muito positiva dado que todos nós enquanto alunos nos lembramos de várias situações em que sabíamos a resposta, mas alguém se antecipou a nós, desta forma será possível todos demonstrarem o seu trabalho. Quando o professor dá uma tarefa deve manter-se em silêncio, o que dirá aos alunos que este é o tempo deles. E por fim, o professor deve antecipar o fim da aula e gerir o seu tempo, para que o final da aula não seja um momento caótico em que os alunos estão entusiasmados para o intervalo e o professor sente a necessidade de apressar aquilo que ainda queria dizer, ou seja, este momento já não será proveitoso para ninguém.

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